Vereador Rogerinho fala sobre o desrespeito do ex-prefeito à Lei que proíbe fogos com barulho

Rogerinho fala sobre sua indignação com o ex-prefeito municipal de Torres por não ter respeitado na virada do ano a Lei 5415/2024 de sua autoria que proíbe os fogos de artifício com barulho. Rogerinho disse que foi de total falta de respeito com todos os autistas, com as pessoas acamadas, com os bebês, com as crianças pequenas, com os idosos, com os animais e com o meio ambiente, enfatizando ser uma vergonha absoluta o próprio município não cumprir a Lei municipal.
Na ocasião da votação desta Lei, no dia 18 de março de 2024, quando foi aprovada com unanimidade na Câmara Municipal de Torres, Rogerinho falou na Tribuna que a beleza dos fogos está nas luzes e nas cores e não no barulho de explosão.
A queima de fogos de artifício com estampido causa sofrimento aos seres humanos, aos animais e danos ao meio ambiente.
Para os seres humanos, nos autistas desencadeia crises nervosas por sobrecarga sensorial, causa medo em bebês e crianças, causa estresse em idosos e em doentes, além de impedir o sono refazedor extremamente necessário para pacientes hospitalares em convalescência. Apresentam riscos de queimaduras de mãos e olhos, inclusive podendo levar a perda de visão, amputação de membros e problemas auditivos gerados pelos estampidos. Também podem causar ataques de epilepsia, ataques cardíacos e desnorteamento.
Para os animais, inclusive silvestres, o barulho dos fogos provoca momentos de agonia com reações de estresse e pânico, taquicardia, atordoamento, tremores, distúrbios digestivos, no desespero de fugir do barulho eles se machucam, correm desnorteados escapando de suas casas, chegando a serem atropelados, a morrerem de infarto nas ruas após muito correrem em fuga desesperada, muitos deles morrem sem nunca serem encontrados. Os animais em situação de pavor pelo estampido dos fogos estão sujeitos a prejuízos na audição, a ataques cardíacos e convulsões. Aves em desespero abandonam seus ninhos, quando, ou morrem por pavor ou por se chocar com obstáculos.
Para o meio ambiente, além do risco de incêndio, a queima dos fogos emite compostos poluentes para a atmosfera e nocivos para a saúde humana. É altamente perigoso, colocando em risco não só quem manuseia, mas também quem está em volta.
O benefício do espetáculo dos fogos de artifício é visual e é conseguido com o uso de artigos pirotécnicos sem estampido, também conhecidos como fogos de vista. Adicionalmente, a Lei prevê inclusão de pena na Lei de Crimes Ambientais para quem fizer uso de fogos de artifício de estampido.
A Lei Municipal 5415/2024 está em consonância com o combate a crimes ambientais devido à poluição sonora causada.
Fogos com estampido causam pânico, por tanto, são socialmente e eticamente nocivos, sendo um ato com consequências graves aos outros, portanto, um ato bárbaro e inquestionavelmente desrespeitoso aos demais.